Entre todas as partes do equipamento, o grip talvez seja o mais subestimado — mas também o mais determinante. Ele é a única conexão direta entre você e sua raquete, e influencia desde a firmeza da empunhadura até o controle e a sensibilidade de cada golpe. Escolher o grip certo é, literalmente, ter o jogo nas mãos.
Por que o grip importa tanto
Um bom grip garante aderência, conforto e absorção do suor. Sem ele, a raquete pode escorregar, provocar bolhas ou até alterar o movimento natural da sua pegada. Jogadores profissionais costumam trocar o overgrip a cada treino ou partida, justamente porque um grip gasto muda completamente a sensação do golpe — algo que, em alto nível, faz toda a diferença.
Além disso, o grip influencia diretamente o diâmetro do cabo. Um cabo mais grosso oferece mais estabilidade, mas reduz a mobilidade da mão; um cabo mais fino aumenta o spin, mas pode gerar mais vibração. Encontrar o equilíbrio certo é essencial para evitar lesões e manter consistência técnica.
Tipos de grip e suas funções
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Grip base (replacement grip): é o revestimento original da raquete, mais espesso e acolchoado. Garante absorção de impacto e estrutura firme ao cabo. Deve ser trocado com menos frequência, mas nunca ignorado — um grip base gasto compromete toda a empunhadura.
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Overgrip: é a camada externa, mais fina, responsável pela aderência e conforto imediatos. Ideal para quem transpira muito ou busca uma sensação específica no toque. Os modelos mais comuns são:
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Secos: maior controle e precisão (ex: Wilson Pro Overgrip, usado por Federer e Alcaraz).
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Pegajosos: sensação mais firme, ideal para quem joga em climas úmidos (ex: Yonex Super Grap).
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Absorventes: focados em conforto e controle de umidade (ex: Tourna Grip, clássico do Sampras).
Como escolher o grip ideal
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Sinta o toque – Segure diferentes modelos. Seu grip deve equilibrar firmeza e conforto, sem escorregar nem “colar” demais.
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Observe seu estilo de jogo – Jogadores agressivos preferem grips mais secos; defensores e tenistas de toque valorizam maior amortecimento.
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Adapte à condição climática – Em regiões quentes ou úmidas, priorize grips com alta absorção de suor.
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Troque com frequência – Um overgrip deve ser substituído assim que perder aderência. Quanto mais você joga, mais rápida será essa troca.
Conclusão: a pegada perfeita é pessoal
Não existe um grip universal. O ideal é aquele que se adapta à sua mão, ao seu estilo e ao seu ritmo de jogo. Profissionais testam dezenas de combinações até encontrar a textura e espessura perfeitas — e você também deveria.
Em um esporte onde milímetros e sensações decidem pontos, o grip certo é a diferença entre segurar a raquete e dominar o jogo.

